O solo constitui o habitat de diversos organismos, além de sustentar e oferecer recursos à diversas formações florestais e desempenhar diversas funções no ecossistema. Além disso, o solo é o alicerce dos sistemas de produção, seja produção agrícola, de frutíferas, hortaliças, de culturas de grãos, de criações de aves e bovinos, enfim, de qualquer atividade produtiva. Diante da importância que o solo possui, a preservação desse recurso natural é uma obrigação da sociedade, mas infelizmente, não é isso que ocorre.

Para a conservação do solo, é necessária uma combinação de métodos de manejo e de uso, com a finalidade de protegê-lo contra as deteriorações induzidas por fatores antropogênicos ou naturais, para evitar erosões e deposição dos sedimentos nos corpos d´água. Entretanto, as técnicas conservacionistas vão além dessa preocupação, buscando a proteção do solo de sérios comprometimentos causados por compactação ou desagregação excessiva, erosão, acidificação, salinização, irrigação inadequada, entre outros. 

A conservação do solo depende muito do seu uso e manejo racional, não é possível falar de manejo e uso do solo sem ao menos conhecer seu potencial e suas limitações, tendo todo cuidado ao querer adotar práticas de outras regiões sem o auxílio de profissionais especializados no assunto. Deve-se respeitar, portanto, as características de cada solo e implantar a técnica mais eficiente que melhor se adaptará naquele ambiente.

A conservação do solo vai de encontro com a conservação da água, uma vez que solos bem manejados e em equilíbrio possuem grande capacidade de retenção de água pluvial que, ao ser absorvida, é aproveitada pelas raízes das plantas e, com fenômeno da evapotranspiração, fecha o ciclo de aproveitamento da água. Solos produtivos e conservados filtram e absorvem as águas, ideal para a manutenção dos rios e suas respectivas fauna e flora, de forma que solos preservados também preservam o ecossistema e todas as formas de vida relacionadas a ele.  

No Brasil, 95% dos alimentos vem da terra, sendo assim as práticas de conservação do solo se tornam tão importantes, uma vez que a saúde do solo e sua fertilidade têm uma influência direta sobre o conteúdo de nutrientes de nossas culturas alimentares.

As atividades humanas têm impacto crescentemente sob a conservação dos solos. Retirada de florestas e a utilização da terra para agricultura e pastagem são apenas algumas das ações que modificam a sua estrutura e todo o equilíbrio ambiental, afetando não só animais e florestas, como a própria sociedade. Um exemplo disso é a escassez hídrica, sempre relacionada à má utilização do solo, provocando seu desgaste e erosão, bem como a perda de capacidade de renovação. Ao ficar exposto aos efeitos climáticos, sem cobertura vegetal e sem o manejo adequado, o solo não cumpre efetivamente sua função básica de “produzir” água: garantir a infiltração da água e recarregar o lençol freático, que alimenta as nascentes e os rios, que, por sua vez abastecem reservatórios.

Algumas práticas sustentáveis na agricultura para preservação e conservação do solo e do meio ambiente são o uso múltiplo entre atividades de plantio, pecuária e vegetação nativa, não realização de queimadas, adubação verde, manejo sustentável, entre outras, que são fundamentais pois quando o solo passa a ser manejado de maneira correta, ocorre um equilíbrio na relação solo-clima-planta. Assim, não só o meio ambiente se beneficia, mas toda a sociedades e empreendedores, com garantia de recursos hídricos e boas condições edáficas, gerando maior rendimento e economia.

Fonte: https://nacoesunidas.org/agencia-da-onu-elogia-praticas-brasileiras-de-conservacao-do-solo/

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