A biosfera é formada por diversos elementos naturais que favorecem o desenvolvimento da vida, cada elemento com importância vital.

A cobertura vegetal nativa de uma determinada região está diretamente ligada às características do clima da região. Dessa forma, algumas espécies vegetais conseguem se desenvolver em condições climáticas de característica úmida, ao contrário de outras que se adaptam a condições mais secas, sendo que apenas as espécies mais resistentes e adaptadas colonizam os ambientes extremos.

O Brasil, por sua grande dimensão territorial, com consequente diversidade climática correspondente, abriga oito tipos principais de vegetação natural, que são:

• Mata Atlântica: caracterizada como uma floresta latifoliada tropical e de clima úmido, é o bioma que mais sofreu devastação no Brasil.
• Caatinga: é uma vegetação típica de clima semiárido, localizada no Nordeste brasileiro.  Possui plantas espinhosas, adaptadas ao clima seco, que representam fonte nutricional para a fauna silvestre e comunidades humanas.  
• Cerrado: vegetação típica do Planalto Central brasileiro e de clima tropical semiúmido, é a segunda maior formação vegetal do Brasil presente em diversos estados como Minas Gerais, Goiás, etc.
• Pantanal:  é uma vegetação de transição, isto é, uma formação vegetal heterogênea composta por diferentes ecossistemas, com grande presença de ambientes muito úmidos e alagadiços.
• Campos sulinos: também conhecidos como “pampas”, apresentam vegetação rasteira com a predominância de capins e gramíneas.
• Mata de Araucária: com a predominância de pinheiros e localizada no estado do Paraná, é uma vegetação típica de clima subtropical.
• Mangues: é um tipo de vegetação de formação litorânea, caracterizado principalmente por abranger diversas vegetações, ocorrendo em áreas baixas e, logo, sujeito à ação das marés.

Além do clima, o tipo de solo também é determinando para o desenvolvimento da vegetação. As características edáficas dependem de vários fatores, especialmente o tipo de rocha matriz que o originou, o tempo para sua formação, o clima e seus intemperismos, a quantidade de matéria orgânica e a cobertura vegetacional. .

Os tipos de solo no Brasil são bastante diversificados, refletindo a variabilidade dos seus fatores de formação como o clima, o material de origem, o relevo, os organismos e o tempo.

De acordo com Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), tipos de solos presentes do Brasil são:

Argissolos: Podem ser encontrados em praticamente todas as regiões brasileiras e representam aproximadamente 24% da superfície do País.

Cambissolos: Compreendem solos em fases iniciais de desenvolvimento. Ocupam cerca de 2,5% do território brasileiro e são distribuídos amplamente.

Chernossolos: São solos muito férteis e caracterizados pela presença da camada superficial densa e escura. Esse tipo de solo ocupa 0,5% do território nacional.

Espodossolos: considerados solos muito pobres e ácidos, com ocorrência é de aproximadamente 2% do território do País.

Sendo assim, além de contribuir na composição climática, a vegetação contribui diretamente no solo, fertilizando-o com matéria orgânica derivada de folhas, galhos e frutos, que caem e passam pelo processo de decomposição transformando-se em nutrientes. Essa relação vai além da composição edáfica, a vegetação também protege o solo de intemperismos, contribui para a conservação do solo, além de evitar o desenvolvimento de erosões.

Por tudo isso, pode-se afirmar que o solo é um dos recursos naturais mais importantes, pois exerce funções ambientais essenciais à biodiversidade, mantendo intrínsecas relações com a vegetação e o clima. Assim, o uso e ocupação do solo deve ser planejado de forma sustentável, tanto em ambientes urbanos quanto rurais, para que a conservação do solo seja garantida, permitindo a manutenção dos processos ecossistêmicos, a biodiversidade e as atividades humanas.

Fonte: Blog Só Biologia, 2020.

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